quarta-feira, 30 de julho de 2008

Escolhe eu!

Problema enorme: ninguém senta do meu lado no ônibus! Não tô dizendo coisas ao vento, fazendo drama, nem nada parecido, mas eu assusto passageiros. Digo isso com a certeza de quem fez uma extensa pesquisa de campo! Pensa só, são sete anos de estrada, por baixo, em um ir-e-vir pendular; muita experiências antropológicas!
Cerca de 5040 entradas e saída de ônibus, isso se contar minhas idas e vindas da escola e da faculdade. Fora as entradas nos 49's, 53's, 31's, 39's, 45's, 30's, 57's, 47's e alguns outros por essa vida. O resultado desses estudos não me deixa mentir, por um motivo ou outro, eu atormento os passageiros!
Ônibus cheio, dia cheio, todo mundo cansado e o último lugar a ser preenchido é ao meu lado. Essas pequenas preocupações são vitais pra quem anda de ônibus todo dia! Refletir amenidades é uma alternativa à máxima clássica de prestar atenção na conversa dos outros! E conversa de pimba é o máximo!
Algumas vezes fechava os olhos e rezava para ser a escolhida; outras dava graças por ter certeza de que ninguém sentaria do meu lado - ou por TPM, e aí eu sei que dou medo mesmo, ou falta de banho. Algumas vezes era tarde da noite e as pessoas preferiam ficar de pé a sentar do meu lado e eu fazia a minha melhor cara de simpática - e olha que já ganhei uma vez a faixa de Miss Simpatia do ônibus em uma viagem- para atrair vizinhos e finalmente ter a sensação quentinha de poder apoiar minha cabeça no ombro do colega... Isso sim seria felicidade! Mas cara, raras vezes dava certo. Cheguei a até atrair pessoas incovenientes, alguns tarados e afins por conta dessa minha obsessão...

Meu primo criou algumas teorias, não sei se devo confiar em alguma -afinal, é o Guilherme... Na dúvida resolvi perguntar pra ver se alguém mais opina. Caso realmente seja por conta da minha cara de comunista malvada de bigodes... Bom, devo assumir que ficaria feliz. Se for por minha cara de esnobe, nem tanto, vai... Gosto de poder escolher quando usá-la. E, por último, não quero considerar o fator genético, apesar de ter escutado relatos de outras pessoas da minha família que sofrem desse mal.

Fiquei pensando nos quesitos que utilizo para escolher do lado de quem sentar no ônibus, me pus no lugar deles pra ver se entendia. Já troquei de perfume algumas vezes e isso não adiantou muito. Minhas opções têm sido viajar acompanhada ou ainda tirar proveito, e só proveito, dessa situação; esticar as pernas, dar aquela alongada nos braços, enrolar o casaco e fazer a cadeira de sofazão; nada como um bom sono pra abstrair os problemas, diria minha avó!

domingo, 8 de junho de 2008

A terapia do plástico-bolha.

Comprei um livro pela internet esses dias, que não vem ao caso falar qual é, o que importa é como ele veio embalado.
Cheguei da escola e vi em cima da mesa do computador uma caixinha. Fiquei todo serelepe, já que tava esperando o livro tinha bastante tempo, mas fiquei muito mais feliz quando abri a caixa e vi o PLÁSTICO-BOLHA que veio em volta dele.
Pra mim é a melhor terapia já inventada, estourar plástico-bolha. Dentro de cada bolhinha vem um pouco de calma, um pouco de felicidade, e quando estoura tudo isso passa para a pessoa. Claro que quem está do lado fica puto, mas acho que no fundo é um pouco de inveja por estar sendo privado daquele prazer que acontece na frente dele. Lembro de discussões pelo plástico-bolha, pelo desperdício de êxtase ao enrolar o plástico e estourar várias ao mesmo tempo.
Bom, então de noite peguei o meu plástico-bolha, sentei na cama e fui estourá-lo. Vi que era diferente dos que eu era acostumado a estourar, mas comecei a apertar, e percebi que as bolhinhas não estouravam como antigamente. Que porra é essa que eles fizeram com meu plástico-bolha?
As bolhas são muito mais difíceis de estourar, o ar vai pro espaço do lado quando elas são apertadas. Fiquei tentando estourar, mas não conseguia na maioria das vezes, tinha um trabalho fdp para estourar umazinha só. Fiquei indignado com isso.
"Ele deve proteger mais os produtos" - pensei depois. Mas quem liga de se estressar pra pedir uma nova mercadoria pela garantia, quando se tem um bom plástico-bolha pra estourar depois que isso for feito?

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pronto, falei.

É um apelo pelas boas relações. Tentar rever o que se tem feito e com quem... Dolorido. Por que tanta conversa entre pessoas que se relacionam por aparência? Por que sorrir e fazer graça para gente que simplesmente não diz nada?
Pode parecer que é um papo sobre pura hipocrisia, mas nem é. Hipocrisia também parece fácil de lidar! Se a pessoa é grossa, ela simplesmente diz que não é hipócrita.
É uma conversa sobre o que realmente importa na vida; quem faz diferença. Sabendo que isso é de reflexão pessoal e muito, muito ligada ao emocional, é até compreensível que o que seja de extrema importância pra uns, não signifique que fará falta pro mundo. Mas, em algum momento da vida isso faz sentido.
Complexo tentar imaginar o que se tem feito pra construir uma forma de comunicação perfeita, um apoio pro futuro, uma certeza pro caminho. É tudo uma questão de interpretação profunda dos relacionamentos. Sinceramente, não consigo mais ver graça em manter laços com algumas pessoas que até pouco tempo faziam sentido (os laços, as pessoas nunca fizeram).
Superficialidades passam a não ser mais tão importantes se parar para pensar em como perde-se tempo e desgasta-se sentimentos dando valor a discussões sem fundamento, a emoções vulgares.
Não é uma desvalorização daquela clássica leviandade entre amigos, o
fult (futilidades + cult). É uma análise sobre quem merece compartilhar amenidades despretensiosas com você. Um dia a gente cansa de fingir que acredita nessa convivência que o cotidiano nos empurra.
Muita gente passa, e pra se manter intacto emocionalmente, ou, menos abalado, só ficando ciente desde cedo que nem todo mundo é insubstituível.

Para assistir: Na natureza selvagem (Into the Wild)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fluido contínuo sobre música.

Bem... ao contrário da Nat, que pensou em mil coisas pra postar aqui, eu não consegui pensar em muita coisa.
Mas tive umas idéias quando meu irmão falou que está dando notas para os filmes que vê. Primeiro pensei que com a falta de idéia acabaria postando aqui no blog comentários sobre os Cd's que baixo, mas isso foi o início de outra idéia. Tudo bem que foi como aquelas ligações que a Super Interessante faz, entre Peixes de águas profundas e o Surgimento dos vinis, mas como só penso assim...
Relembrei que a Nat ia postar sobre metaleiros, e resolvi escrever sobre isso, Música, não sei exatamente qual é o tema, acho que tá falando sobre muitas coisas diferentes pra eu apontar pra uma coisa só, por isso esse título.

Muitas pessoas se dizem ecléticas em relação a música, e ressaltam: "Só não gosto de rock e sertanejo". Sim, é muito comum escutar (ou ler) isso. E aí parei pra pensar no que essas pessoas devem escutar, to até pensando em fazer uma pesquisa, e perguntar pra essas pessoas "ecléticas" se elas gostam de blues, jazz, música clássica, rap, country, progressivo, e outros estilos musicais. Mas acho que minha conclusão não vai ser muito diferente do meu pré-conceito de que os gostos dessas pessoas são na verdade bem limitados.

E aí quando uma pessoa diz que gosta de rock logo viram a cara dizendo que é muito barulhento, porém não conhecem o mínimo sobre os estilos, ou é metaleiro ou é emo. O que a maioria dessas pessoas não conhecem são as divisões do genêro, não estou falando que rock não pode ser barulhento para alguém, mas generalizar tudo é foda. O maior exemplo dessas divisões pode ser visto por essa rejeição aos emos.

Porra, será que existe alguém que consegue achar que Legião é parecido com Krisiun? Ou Dream Theater parecido com Sex Pistols? Existem extremos absurdos dentro do rock, mas as pessoas nem se dão ao trabalho de diferenciar um do outro.

Mas grande parte das pessoas pessoas que escutam Metal fazem questão de diferenciar bem direitinho, mesmo que seja dentro do Metal: "Metal melódico, coisa de viado", "Death Metal, só barulho", "Metal progressivo, coisa de nerd", e por aí vai. O maior preconceito contra o rock, e principalmente metal, vem de dentro do próprio movimento. Parece que há regras para se escutar música, não se pode mais misturar. Se alguma banda de metal aparece com alguma coisa diferente já é motivo pra metade dos "fans" encherem o saco dizendo: "Eles traíram o movimento, véio" (parafraseando o digníssimo Dado Dolabella), e querem ficar escutando a mesma coisa sempre. Mas ainda bem que a maioria das bandas mudam (ao contrário do Iron), e acabam fazendo trabalhos cada vez melhores

Essa explicação toda sobre rock e metal foi, além de uma reclamação com os cabeças-fechadas que mancham a imagem de um movimento, na verdade para tentar mostrar que quem se diz eclético pode ser muito menos eclético do que quem só escuta rock , devido às inúmeras influências que o estilo sofreu com o passar dos anos, e tomou caminhos muito diferentes. Muitas bandas tem influência de música clássica, outras de country, outras do rap, outras de progressivo, e até ritmos latinos, e mais especificamente brasileiros. Então acaba que quem tem a cabeça aberta, mesmo que seja só dentro do rock, já está absorvendo muita informação diferente.
Mas sou a favor de as pessoas estarem sempre abertas às músicas boas, não importa o que é, se agradar, escute!

Agora vou parar de escrever e escutar uma musiquinha, mas estou em dúvida entre Justin Timberlake e Cavalera Conspiracy XP

Ps: só pra comprovar os diversos gêneros de rock, dá uma olhada nos sub-gêneros de metal do wikipédia ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_subg%C3%AAneros_do_heavy_metal ), tudo bem que é muito exagero, mas que existem grandes diferenças entre alguns existem.

domingo, 27 de abril de 2008

A paz que eu preciso.



Pensei em mil coisas para postar por aqui, mas acabei escolhendo um tema que irrita tanto ao Gui, quanto a mim, quanto a qualquer pessoa sã que sempre gostou de futebol: as novas tchutchucas futeboleiras.
Não queria falar sobre isso, juro. Adotei para minha vida uma nova postura de paz, não falo mal dos outros; não critico nem roupa, nem conduta, nem ideal. Não é só uma questão de não externar o sentimento de raiva por alguém mal-vestido, ou alguém completamente imbecil... Eu definitivamente não penso mal das pessoas que não agem como eu, ou da forma como eu acho aceitável. Em tese, a gente vive melhor assim... Aceitando aos outros, os amando, acima de tudo -aproveitando a veia religiosa do blogue.

Voltando ao tema, essa é a ÚLTIMA VEZ que falo mal de alguém, ou alguéns, né?

Gente, daonde surgiu esse interesse súbito por futebol? Alguém me explica porque tem tanta mulher em estádio, em buteco, em passeatas e comemorações? Por favor, alguém me diz porque elas resolveram mostrar as caras pintadas, os braços empulseirados, as orelhas enfeitadas e a franja inabalável justamente no pé-sujo que eu tomava minha coquinha vendo o jogo tranquilinha (ou não)?
Nada contra mulher gostar de futebol, tenho contra essas 'lekas' que brotaram do nada pra infernizar as torcidas com seus gritos estridentes e non-sense ('VAAAI', 'SAI DAÍI', 'CHUUTA'), nos piores momentos, sempre. Acho que o único momento que o grito faz algum sentido é na hora do gol... E mesmo assim, se tava impedido já era, elas gritam assim mesmo!

Eu sempre reclamei quando os meninos se negavam em discutir futebol comigo, e agora tô meio que entendendo a situação; é estressante, fora de contexto e idiota! Tá, as blusinhas ficam bonitinhas em forma de babylook, mas eu acho que é só, cara! Ou no máximo uma pose pra ser a GATINHA DO TIME, que aparece em algum jornal tosco por aí.

Meu post foi meio machista, né? Mas não vou clamar pra que as meninas parem de ver futebol, mas que façam um estágio em casa, com o pai ou com o avô (se é que eles vão aguentar), antes de ir pras ruas gritando, de forma estridente, quando um jogador cai no chão fazendo fita.

Só pra constar; a comunidade do Orkut cujo nome é 'Mulher também gosta de futebol' tem 32.319 membros. A 'Adoradores de mulher e futebol' tem mais de 62.560 membros... Então, gatinha, se você não gosta desse mundo machista e injusto, volta pra Barbie!




quinta-feira, 17 de abril de 2008

Sacanagem Sacra

Acho que todo mundo que acessa à internet já deve ter lido isso. Porém acho que todos que não leram ficarão agradecidos a mim por ter aberto os seus olhos enquanto há tempo.

Como transar, ou melhor, procriar, segundo Bispo Edir Macedo (trecho retirado do livro "Castigo Divino" da Igreja Universal)

Posição de 04:
É uma das posições mais humilhantes para a mulher, pois ela fica prostrada como um animal enquanto seu parceiro ajoelhado a penetra.
Animais são seres que não possuem espírito, então o homem que faz o cachorrinho com sua parceira FICA com sua alma amaldiçoada e fétida.

Sexo Oral :
O prazer de levar um órgão sexual a boca é condenado pelas leis divinas.
A boca foi feita para falar e ingerir alimentos e a língua para apreciar OS sabores.
A mulher engolindo o sêmen não vai ter filhos.
E o homem somente sentirá dores musculares na língua ao sugar a vagina de sua parceira.
Sexo Anal:
O ânus é sujo, fétido e possui em suas paredes milhões de bactérias.
É o esgoto propriamente dito. No esgoto só existem ratos, baratas e
mendigos.
A pessoa que sodomia ou é sodomizada ela se iguala a um rato pestilento.
Seu espírito permanece imundo e amaldiçoado.
Mas o pior é quando o ato é homossexual, pois o passaporte dessa infeliz criatura já está carimbado nos confins do inferno.

Veja a maneira certa de se relacionar sexualmente, segundo a cartilha:

Posição Recomendada:

O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água corrente misturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso.

Após isso, a mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração.

O homem após penetrar a mulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, pois a fêmea deve estar orando ao Senhor para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide.

Depois do ato sexual, os dois devem orar, pedindo perdão pelo prazer
proibido do orgasmo. Como penitência... O açoite com vara de bambu é aceito em forma de purificação.
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Eu sei o que todos vocês pensaram quando leram isso: "Ainda bem que me guardei para a minha futura esposa, que passará o resto da eternidade comigo, e só pecarei pela procriação da espécie"
Somos todos puros...
ou somos putos?? Ahh deixa pra lá
No inferno devem rolar vários churrascos, bebidas, jogos e rock n' roll. Enquanto no céu deve ser todo mundo vegetariano (nada contra, mas não combina comigo), sem vícios, e chatos pra caralho, porque ninguém aguenta além de ficar sem sexo o resto da eternidade, ainda ter que ficar ouvindo aqueles anjos filhos das putas tocando aquelas harpas chatas pra caralho.

Mas fica aqui reflexão do dia: como um cara pode pregar a monogamia, como Edir Macedo, se ele vive fodendo com a vida de seus seguidores???

Aedes; o 'camarada d'água' (parada, limpa, benta)

Estranho mudar o rumo do blog assim, de uma hora pra outra!
A gente resolveu que ia ser de palhaçadinhas, né?
Mas nunca tínhamos imaginado o que ia acontecer se acordássemos de mal-humor!

Vocês tão sabendo do 'Kit divino contra a dengue' que a Igreja Universal
tá distribuindo aos seus fiéis? Rá! Parece brincadeira... Mas dá uma lida!

"A Igreja Universal do Reino de Deus está oferecendo em seus cultos um kit de "proteção divina" contra a dengue, que inclui capa para caixa-d'água e uma porção de "óleo santo". O Ministério da Saúde alertou para os riscos de automedicação e o infectologista Edmilson Migowski advertiu que "não adianta só orar; é preciso se cuidar e combater os criadouro do mosquito"."

Do outro lado de um panfleto que serve pra colocar o nome das pessoas
para orar por existe uma explicação santa para a "epidemia" da dengue:
Aedes
aegypti = praga do Egito.
Assim, "mil ao seu lado cairão, e você permanecerá de pé".
Nada contra passagens bíblicas, meus amigos. Mas que analogia dos infernos, ein?
E digo mais, que apelação MASTER para o consumo de ideologia... Vergonhoso!


Quando li isso daí fiquei imaginando até que ponto as pessoas podem chegar
para garantir o sucesso da suas instituições! A verdade é que achei muita cara-de-pau de um pastor,
ou de uma comunidade evangélica alegar imunidade contra a dengue (ou contra a mosquita transmissora dela) apenas usando um oleozinho como loção e uma tampa para a caixa-d'água.
Mas peraí, não confunda poção com loção!
Trata-se de uma mistura de azeite com óleo... Para BE-BER!
'Troque aqui a sua possível futura dengue por algumas artérias entupidas!'
Ou melhor, 'pague o dízimo que te daremos dois litros de óleo por mês'...


Cara, me perdoem caso alguém aí seja de uma igreja ou outra como esta!
Mas é impossível levar alguma coisa dessas a sério! E o pior, tem gente que leva, né?


Será que água benta parada não dá mosquito?

Ahh, vai...
Até que isso não é tão terror assim quanto o post da Amy Winehouse que o Gui colocou ali em cima!
É?