quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pronto, falei.

É um apelo pelas boas relações. Tentar rever o que se tem feito e com quem... Dolorido. Por que tanta conversa entre pessoas que se relacionam por aparência? Por que sorrir e fazer graça para gente que simplesmente não diz nada?
Pode parecer que é um papo sobre pura hipocrisia, mas nem é. Hipocrisia também parece fácil de lidar! Se a pessoa é grossa, ela simplesmente diz que não é hipócrita.
É uma conversa sobre o que realmente importa na vida; quem faz diferença. Sabendo que isso é de reflexão pessoal e muito, muito ligada ao emocional, é até compreensível que o que seja de extrema importância pra uns, não signifique que fará falta pro mundo. Mas, em algum momento da vida isso faz sentido.
Complexo tentar imaginar o que se tem feito pra construir uma forma de comunicação perfeita, um apoio pro futuro, uma certeza pro caminho. É tudo uma questão de interpretação profunda dos relacionamentos. Sinceramente, não consigo mais ver graça em manter laços com algumas pessoas que até pouco tempo faziam sentido (os laços, as pessoas nunca fizeram).
Superficialidades passam a não ser mais tão importantes se parar para pensar em como perde-se tempo e desgasta-se sentimentos dando valor a discussões sem fundamento, a emoções vulgares.
Não é uma desvalorização daquela clássica leviandade entre amigos, o
fult (futilidades + cult). É uma análise sobre quem merece compartilhar amenidades despretensiosas com você. Um dia a gente cansa de fingir que acredita nessa convivência que o cotidiano nos empurra.
Muita gente passa, e pra se manter intacto emocionalmente, ou, menos abalado, só ficando ciente desde cedo que nem todo mundo é insubstituível.

Para assistir: Na natureza selvagem (Into the Wild)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fluido contínuo sobre música.

Bem... ao contrário da Nat, que pensou em mil coisas pra postar aqui, eu não consegui pensar em muita coisa.
Mas tive umas idéias quando meu irmão falou que está dando notas para os filmes que vê. Primeiro pensei que com a falta de idéia acabaria postando aqui no blog comentários sobre os Cd's que baixo, mas isso foi o início de outra idéia. Tudo bem que foi como aquelas ligações que a Super Interessante faz, entre Peixes de águas profundas e o Surgimento dos vinis, mas como só penso assim...
Relembrei que a Nat ia postar sobre metaleiros, e resolvi escrever sobre isso, Música, não sei exatamente qual é o tema, acho que tá falando sobre muitas coisas diferentes pra eu apontar pra uma coisa só, por isso esse título.

Muitas pessoas se dizem ecléticas em relação a música, e ressaltam: "Só não gosto de rock e sertanejo". Sim, é muito comum escutar (ou ler) isso. E aí parei pra pensar no que essas pessoas devem escutar, to até pensando em fazer uma pesquisa, e perguntar pra essas pessoas "ecléticas" se elas gostam de blues, jazz, música clássica, rap, country, progressivo, e outros estilos musicais. Mas acho que minha conclusão não vai ser muito diferente do meu pré-conceito de que os gostos dessas pessoas são na verdade bem limitados.

E aí quando uma pessoa diz que gosta de rock logo viram a cara dizendo que é muito barulhento, porém não conhecem o mínimo sobre os estilos, ou é metaleiro ou é emo. O que a maioria dessas pessoas não conhecem são as divisões do genêro, não estou falando que rock não pode ser barulhento para alguém, mas generalizar tudo é foda. O maior exemplo dessas divisões pode ser visto por essa rejeição aos emos.

Porra, será que existe alguém que consegue achar que Legião é parecido com Krisiun? Ou Dream Theater parecido com Sex Pistols? Existem extremos absurdos dentro do rock, mas as pessoas nem se dão ao trabalho de diferenciar um do outro.

Mas grande parte das pessoas pessoas que escutam Metal fazem questão de diferenciar bem direitinho, mesmo que seja dentro do Metal: "Metal melódico, coisa de viado", "Death Metal, só barulho", "Metal progressivo, coisa de nerd", e por aí vai. O maior preconceito contra o rock, e principalmente metal, vem de dentro do próprio movimento. Parece que há regras para se escutar música, não se pode mais misturar. Se alguma banda de metal aparece com alguma coisa diferente já é motivo pra metade dos "fans" encherem o saco dizendo: "Eles traíram o movimento, véio" (parafraseando o digníssimo Dado Dolabella), e querem ficar escutando a mesma coisa sempre. Mas ainda bem que a maioria das bandas mudam (ao contrário do Iron), e acabam fazendo trabalhos cada vez melhores

Essa explicação toda sobre rock e metal foi, além de uma reclamação com os cabeças-fechadas que mancham a imagem de um movimento, na verdade para tentar mostrar que quem se diz eclético pode ser muito menos eclético do que quem só escuta rock , devido às inúmeras influências que o estilo sofreu com o passar dos anos, e tomou caminhos muito diferentes. Muitas bandas tem influência de música clássica, outras de country, outras do rap, outras de progressivo, e até ritmos latinos, e mais especificamente brasileiros. Então acaba que quem tem a cabeça aberta, mesmo que seja só dentro do rock, já está absorvendo muita informação diferente.
Mas sou a favor de as pessoas estarem sempre abertas às músicas boas, não importa o que é, se agradar, escute!

Agora vou parar de escrever e escutar uma musiquinha, mas estou em dúvida entre Justin Timberlake e Cavalera Conspiracy XP

Ps: só pra comprovar os diversos gêneros de rock, dá uma olhada nos sub-gêneros de metal do wikipédia ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_subg%C3%AAneros_do_heavy_metal ), tudo bem que é muito exagero, mas que existem grandes diferenças entre alguns existem.